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Palmeiras à Sombra, Ramos ao Sol

  • Admin
  • 16 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 18 de jun.

Uma pequena centelha do ADN Porto. Falta o resto.

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O empate frente ao Palmeiras não foi um mau resultado para o FC Porto, mas a exibição reflete bem o momento em que a equipa se encontra: a crescer em organização, mais consistente sem bola, mas ainda longe de ser uma equipa capaz de controlar e construir com critério. Foi um jogo com sinais positivos — principalmente defensivos — mas com algumas limitações ofensivas por vezes difíceis de ignorar.

A equipa apresentou-se compacta, organizada e com reação à perda acima do que se tem visto na última época. Os momentos em que sofreu foram mais fruto de erros individuais básicos do que por falta de estrutura ou acerto coletivo. Nessas alturas, surgiu Cláudio Ramos para manter o Porto no jogo. Valerá talvez a pena começar a pensar numa aposta séria em Cláudio Ramos se ou quando Diogo Costa sair. O guarda-redes suplente do Porto tem claramente qualidade para mais do que só aquecer banco, evitando assim gastar milhões no mercado que poderão ser aplicados a outras posições.

Com bola, no entanto, o Porto continua a revelar fragilidades. A construção continua lenta, pouco fluída e previsível . Houve intenção de sair a jogar com critério, mas a execução raramente acompanhou. Rodrigo Mora espalhou umas brasas ali e acolá mas sempre pouco apoiado. Samu sem talento nem engenho para ligar o jogo. João Mário e Fábio Vieira procuraram desequilibrar, mas os passes erráticos e a falta de apoio e soluções entre linhas limitou o impacto ofensivo. Enfim, as dificuldades do costume em ligar setores.


Durante os primeiros 15 a 20 minutos da segunda parte, a equipa conseguiu subir um pouco no terreno e fazer circulação de forma mais rápida. Fábio Vieira esteve perto do golo após uma boa combinação pelo corredor central — um dos poucos lances em que o Porto conseguiu aproximar-se da baliza com critério e em superioridade posicional. Ainda assim, foram momentos isolados e sem continuidade real.

A partir daí, o desgaste acumulado tornou-se visível. Nos últimos 30 minutos, o FC Porto acusou desgaste, natural numa equipa ainda em pré-(ou pós-) época. O Palmeiras, mais oleado e com mais ritmo competitivo, ganhou ascendente e obrigou o Porto a recuar. A equipa perdeu capacidade de pressão e presença ofensiva, mas manteve a coesão e aguentou o nulo até ao fim.


Já se viu uma centelha de ADN Porto. Há sinais de evolução, sobretudo no comportamento sem bola, onde a equipa parece mais estável e preparada para resistir. A equipa foi competitiva, mentalmente disponível e defensivamente competente. Mas com bola, continuam a faltar rotinas, ideias e presença no último terço.

No próximo jogo, frente ao Inter Miami de Lionel Messi, o cenário será diferente. Apesar da presença de uma das maiores figuras da história do futebol, o conjunto norte-americano será menos exigente que este Palmeiras, tanto coletivamente como individualmente. Será uma oportunidade para o FC Porto assumir mais o jogo e testar a sua capacidade de criar com bola.

 
 
 

1 comentário


Corrado Soprano
16 de jun.

Cláudio Ramos doesn't have the makings of a varsity goalkeeper.

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